Ano passado reclamávamos de não tê-lo. Muitas eram as atribuições e cobranças pessoais... trabalho, marido, filhos, estudos, casa e família...
Pensamos vencer a doença de alguém, tentamos vencer a morte... enquanto isso, o tempo encaixava todas peças de um quebra cabeça da existência.
Tempo, senhor de todos os momentos, tempo que doamos e que talvez não tivemos...
Tempo que voou e o próprio tempo desfez.
Esse ano, por amor não queríamos ver a morte e a vimos de pertinho... levou alguém que amamos, que não sofre mais, e que passou a fazer morada em nosso peito.
No mundo então, surgiu o vilão que muitos levou consigo, que a outros e a nós mesmos, fez mais uma vez repensar o tempo...
Ora, reclamávamos por não tê-lo antes, agora o que mais sobra é tempo...
Não mais para reclamações... e sim mais agradecimentos... por ganharmos a chance de novos dias, de ver o sol mesmo que através da janela, de respirar ainda que com máscaras, de não ter o abraço, o aperto de mão do amigo, mas por saber que após toda essa má onda passar... teremos muitos a quem abraçar.
Tem gente que aprendeu a ser diferente, aprendeu a ser mais gente... mas há também aquele que não aprende, até que o tombo se fizer presente.
Muitos pais e filhos passaram a conviver ainda mais... E tanta coisa boa acontece, mesmo com as mídias e suas notícias ruins... A vida se reorganiza diariamente, até que o mundo se cure da gente!!!
O tempo, ah o tempo!!!
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